Alunos da rede pública no DF se aproximam do segundo bimestre sem livros didáticos
Secretario de educação df abril 29, 2021
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Após quase dois meses de volta às aulas nas escolas públicas no Distrito Federal, ainda há estudantes sem livros didáticos. Pais de alunos afirmam que foram informados de que "não há previsão" para a entrega.
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Questionada pela reportagem, a Secretaria de Educação disse que pretende concluir entregas até sexta-feira (30). A pasta afirma ainda que um dos fatores do atraso é reflexo da "dificuldade de recolhimento dos livros reutilizáveis" após o primeiro ano de pandemia (saiba mais abaixo).
O ano letivo na rede pública foi iniciado em 8 de março, de forma remota, com aulas online – para estudantes que possuem internet e equipamento adequado – ou por meio de materiais impressos. Os livros didáticos fazem parte das atividades pedagógicas nos dois formatos de ensino.
Entre os relatos de espera pelos livros estão pais de alunos da Escola Classe 52 (EC 52) de Ceilândia e do Centro de Ensino Fundamental 301 (CEF 301) do Recanto das Emas.
Em nota, a Secretaria de Educação disse que as instituições estão "em processo de entrega dos livros didáticos" e que respeitam um "cronograma para evitar aglomerações durante a pandemia".
Um dos estudantes sem livro é o filho de Patrícia Pardo, aluno do CEF 301. O menino tem 7 anos, e a mãe diz estar preocupada com o processo de alfabetização.
Outro estudante do CEF 301 afetado com o atraso é Vinícius, que está no 2º ano, filho de Maria Flávia da Silva. A mãe diz que, no fim de cada bimestre, a turma deve entregar os exercícios do livro didático feitos. Mas, sem o material, o menino está de fora das atividades.
"Com uma criança que está aprendendo a ler, não ter o livro? O livro faz muita falta", lamenta Maria.
A Secretaria de Educação informou que o CEF 301 tem livros para 90% dos estudantes e que "todos estão sendo contemplados pedagogicamente com materiais disponibilizados no Google Sala de Aula e por coleções de outros livros com conteúdos que estão sendo trabalhados pelos professores".
Em Ceilândia, Márcia Pereira, mãe de um estudante da EC 52 afirma que "a direção, quando procurada, não dá nenhuma explicação" sobre a falta dos livros.
Sobre a escola, a Secretaria de Educação afirma que são 800 estudantes, e que há material disponível para cerca de 700 deles. "A unidade providenciou cópias dos capítulos dos livros que ainda não foram entregues para que nenhum estudante seja prejudicado pedagogicamente", informou a pasta.
Prazo para solução
Em entrevista à TV Globo, o secretário de Educação Básica no Distrito Federal, Tiago Cortinaz, reconheceu que há uma "carência de livros didáticos". Segundo ele, um dos fatores que contribuíram para isso foi "o aumento constante de matrículas".
"A Secretaria, hoje, conta com um sistema de gestão, em tempo real, onde acompanhamos as carências e excedências de livros didáticos. Na próxima semana, com esses dados consolidados, nós atuamos ativamente junto ao FNDE [ Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] pra que nenhum estudante da rede pública fique sem o livro didático", disse o secretário.
Fonte: G1
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